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O que rolou na 2ª Jornada Matogrossense de Gastronomia

Aproveito a matéria de hoje pra agradecer o carinho com que as pessoas têm tratado a gastronomia aqui no MT. O ano passado prestigiamos o evento (relembre aqui) e ano que vem estaremos lá novamente.

Fui prestigiar a 2ª Jornada Matogrossense de Gastronomia na semana passada e fiz um resuminho do que aconteceu por lá.

A mesa redonda abordou os princípios da gastronomia sustentável. A sustentabilidade está em quatro aspectos: a) Preferir produtos regionais; b)Usar produtos orgânicos; c) Não utilizar espécies ameaçadas; d) Evitar desperdícios.

Em relação a essa primeira pergunta a respostas dos participantes foi unânime. Se tivéssemos todos os produtos na mão seria excelente, infelizmente temos que buscar em outros estados pagando impostos mais caros e elevando os valores de nossos serviços, diz Leila Malouf.

Jean Biancardini disse que é difícil comprar produtos regionais, proprietário do Restaurante Regionalíssimo, reclamou que hoje está difícil achar peixe como o pintado de boa qualidade, pois a espécie está entrando em extinção, e a banana que eu uso no restaurante vem da Bahia!

Elson Luiz Figuereido, professor e proprietário do Restaurante Santo de Casa, disse: “Antes de começar a produzir qualquer prato, faça a você mesmo a seguinte pergunta: o que eu estou fazendo?” Tem que haver um planejamento antes de começar a produção, e frisou que a sustentabilidade existe em uma forma muito discreta, temos que conhecer e aproveitar todos os alimentos.

Beatriz Albert, proprietária do Magrello Doceria, que nós do Marido Na Cozinha AMAMOS, disse que tem muita dificuldade em comprar frutas regionais, geralmente tem que comprar fora do Estado, e que no seu estabelecimento tudo é reciclável.

A super querida Marcia Mesquitta, professora do SENAC, disse: “No SENAC trabalhamos com itens regionais, entretanto encontramos muita dificuldade para comprá-los”, assim, é primordial o planejamento antes de entrar na cozinha. Existe uma política de aproveitamento de todas as partes do alimento.

Em relação ao uso de produtos orgânicos a unanimidade também reinou: o preço do produto inviabiliza a utilização em um restaurante, de modo que apenas alguns produtos são orgânicos.

Quando o assunto foi evitar desperdícios e as práticas sustentáveis deixaram bem claro que seus estabelecimentos cumprem as normas e, que o desperdício é cultural, e é o consumidor que deixa comida no prato e vai para o lixo.

Passaram então a discutir a seguinte questão: O que a gastronomia tradicional ou inovadora pode fazer por Mato Grosso?

É o nosso grande momento, teremos a oportunidade de mostrar para o mundo o que nós temos de melhor, precisamos ser autênticos e, servir uma comida que as pessoas  comam e gostem, e que passe de boca em boca, ou seja, que seja divulgado por quem comeu, diz Márcia Mesquitta.

D. Leila falou sobre respeito aos pratos tradicionais da cultura cuiabana, “não confundam inovação com tradição”.

Jean Biancardini frisou que os alunos são responsáveis por essa mudança e precisam se qualificar, estudar e, divulgar os nossos pratos.

Elson disse que temos que fundamentar a produção, ir a busca do produto diretamente no produtor, tenso que conhecer a tradicional para fazermos a inovadora. A tradicional da sustentabilidade para a inovadora.

Já Beatriz disse que temos que ser criativos o tempo todo, viajar, estudar, ler, conhecer, temos que buscar o diferente para ter sucesso.

E como contribuição deixaram uma lista de ações sustentáveis pra gente começar a implementar já!

– evitar o desperdício;

– reciclar o lixo seco e separar os resíduos orgânicos para compostagem;

– utilizar materiais de limpeza biodegradáveis;

Que tal adotarmos cada uma dessas práticas agora mesmo?

Uma ótima semana e vem pro Twitter: @MaridoCozinha

 

 

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